Plantio de Baobá celebra o Dia da Educação Ambiental
Em comemoração ao Dia da Educação Ambiental, celebrado em 3 de junho, o Instituto Federal do Acre (IFAC) recebeu uma ação simbólica e carregada de significado: o plantio de uma muda de baobá, árvore de origem africana considerada sagrada em diversas culturas. A atividade foi realizada em parceria com o Movimento Negro Unificado (MNU), Produções Maya e o Coletivo Pira-Cena, reunindo estudantes, educadores, artistas e militantes em um gesto de resistência ecológica e celebração da a ncestralidade.
A ação contou com a presença da Deputada Federal Socorro Neri, que destacou a importância de iniciativas como essa no fortalecimento da consciência ambiental e da identidade cultural. Em sua fala, a parlamentar exaltou o trabalho da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltando seu compromisso histórico com a Amazônia e com políticas públicas voltadas à justiça ambiental e social. “Marina representa um símbolo de luta e dignidade para o Acre, para o Brasil e para o mundo. Honrar sua trajetória neste dia é também afirmar a força da mulher negra amazônida na política e na defesa do planeta”, afirmou Neri.

Para o MNU, o ato simboliza o enraizamento da memória ancestral e a valorização dos territórios negros dentro das instituições de ensino. O Instituto Federal do Acre - IFAC, há 15 anos presente nas histórias e transformações de vidas, convida nesse ato a reflexão sobre a nossa vida enquanto pessoas amazônidas, e deixa em evidência que o futuro deve ser verde, com qualidade de vida e conexão com a natureza. O Coletivo Pira-Cena, que atua com arte e educação em comunidades urbanas e rurais, reforçou que o gesto de plantar o baobá é também um chamado poético e político à reconstrução da relação com a terra.

“O baobá representa resistência, sabedoria e ancestralidade. Plantá-lo aqui no IFAC é plantar também nossos passos, nossas lutas e nossos sonhos. É educação ambiental com identidade e com alma”, destacou uma das representantes do Movimento Negro Unificado.

A ação reafirma a importância de uma educação ambiental crítica, inclusiva e antirracista, que reconheça os impactos desiguais da crise climática e valorize os saberes tradicionais de povos historicamente silenciados. O baobá, agora fincado no solo do IFAC, se torna símbolo vivo dessa transformação — pedagógica, ecológica e ancestral.
Por Jailanne Maria
Comentários (0)